Omissões....
Abre-se...
Um dolorido espaço,
que não se resume.
Aonde o verso livre,
é a ponte, e um só destino,
em cujas próprias linhas,
as mãos não mais definem...
Venha, a força efervescente,
e algoz, de uma palavra...
A volta do abandono,
em verso encadeado.
A urgente flor de Liz,
e o insano peito alado...
Abre-se.
A fenda no infinito,
que suga-me o bom senso.
Que aborda o meu delírio,
e atira aos vendaváis...
E torna-me a impotente,
e adiante? O nunca mais...
Quisera, a lança do desejo,
romper-me o peito morto,
manchando alvos lençóis.
Respingo obssessivo,
tingindo um corpo omisso,
cuja alma, já se foi...
Angra dos Reis e de Saudades,
05/10/2006
16:12hs