BUSCANDO A SOBREVIVÊNCIA...
Vou fazer da solidão meu remo,
utilizando-o como recurso
de sobrevivência...
Com ele vou conduzir meu barco,
feito de sonhos de espuma
e de carência...
Vou fazer da solidão o meu prumo.
Vou fazer da solidão o meu escudo.
Vou talvez encontrar o meu rumo...
Vou viver a solidão com inteligência.
Senti-la como uma forma de liberdade
e degustar o sabor da independência!
Vou embrenhar-me no tempo e no espaço.
Vou procurar a minha própria sintonia.
Vou remar e ancorar sem embaraço...
Aportarei... fundearei... só não sei
em que porto o farei!
Tal como não sei como será a jornada,
se será longa ou curta tal caminhada...
E o meu barco feito de sonhos desfeitos,
escondidos e não mais satisfeitos...
Esse barco feito de vivências e de espuma
estará, então vazio...cheio de coisa nenhuma!
Mas penso que ancorarei, certamente,
numa outra dimensão...mais abrangente...
Onde o fragor da saudade já não soa
e, até, a dor da dor...já não doa!...