Cavalgar

No silêncio da noite naveguei

No dorso das lembranças cavalguei

Deixando-me levar pelo trotar

Do meu cavalo, sob a luz do luar.

Pelos prados cavalgava na matina

Feliz, revi meus sonhos de menina

Cabelos esvoaçados pelo vento

Sentia-me livre naquele momento.

Galopando chegava à ribanceira

Sob a sombra da velha catingueira

Desnudando para mim o horizonte

Com a mesma beleza de uma fonte.

Sinto saudades das minhas raízes

Com os suaves tons dos seus matizes

Onde o tempo jamais apagará

Na memória pra sempre ficará.

Neneca Barbosa

João Pessoa, 17/10/2010