EU LÍRICO PROPENDIDO
O meu lirismo
Beira, retrovisor, o Surrealismo
Arma-se com a mais violenta paixão
Atira carinhos e flores nas calçadas
Quebra o espelho de Narciso e voa com Ícaro
O meu lirismo
Faz-se, novamente, Neo-Concreto
Cola o desejo nos carnais murais urbanos
Acaricia o dúctil e o plástico beijo de amor
E por extrusão derrama-se de Neruda à Pessoa