PRIMO DO BORDÃO
Primo, brimo do bordão,
aquele de cana quebrada
descomprimo a paixão
deixo a alma apaixonada.
Brimo, primo marroquino,
sinta o sol da minha bela,
veja como por ela me fascino
de culpa tu tens uma parcela.
Ela é o meu leste
meu fadado destino
do seu sol me veste
me alegro como um menino.
Ai como me embreago
do teu olhar fulgurante!
Nas tuas águas eu nado
no brilho de um luar refrescante.
Me apago na noite escura
me acendo na luz do dia
fito o olhar na tua formosura
me banho muito na tua energia.
Lembra dela, meu primo irmão?
Ela é a minha linda flor
pode até me causar alguma confusão,
mas me embebeda de amor.
Acordo ao teu lado, uma languidez,
degusto do teu sono macio
observo de camarote a tua maciez
e os teus sonhos soltam de um vazio.
Amor do meu sonho de criança,
paixão da minha adolescência
do teu porto a esperança
da tua vida á experiência.
(YEHORAM)