AS VEZES DE CIDADÃO

Fiz valer as vezes de cidadão,

deixei de lado as minhas revoltas

de compreensiva votação

para mudanças, embora remotas.

Escolhi em pleito os candidatos,

calculei os seus feitos e ações

chega de vagas, de seus ornatos

de promessas e enganações!

Não deixar de acreditar

é fazer o país, é eleger,

estar presente, participar,

é esperança, reaver.

Não encarar com leviandade,

embora muitos sejam levianos

o erro de um não justifica a maldade

de outrem e de profanos.

Eu quero fazer esta história,

embora invisível, bastidores,

quero ver meu país na sua glória

para poder plantar e colher minhas flores.

Vi as urnas de papelão

transformarem-se em caixas de metal

é o sinal da evolução

é prova que visamos a moral.

Eu, cidadão convicto dos meus ideais,

que mistico fui e agora intelecto racional,

meus princípios valem muito mais

que vender a consciência para o mal.

Já ergui os meus olhos para o céu,

sem fé, sem nenhuma esperança,

chorei sobre cédulas de papel,

hoje votei puro como criança.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 03/10/2010
Código do texto: T2535751
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