De poeta e de louco...

Estou sentado

Em frente ao micro

Coço a barba

Penso num tema

Para um poema

Escrevo assim

Direto no micro

Quando estou

Longe dele

Coloco a idéia

No papel, uma agenda

Um guardanapo

Na seda do cigarro

Nas margens da revista

Ou mesmo do jornal

Onde eu puder escrever

Mas, sentado

Em frente ao micro

Surge a idéia

Salta, não sei de onde

Aparece, surge se apresenta

Quer ser escrita

Não sei como vai ser

Mas vou escrevendo

Desse jeito meio torto

Sem pé nem cabeça

Tenho um turbilhão

De palavras que vão

Apresentando-se

Pulando na tela

Eu não sei dos outros

Eu falo por mim

Que fazer, eu sou assim

É espontâneo

É assim que é

Mas não é nada disso

É tudo tão diferente

Existem visões

Sobre o mesmo tema

Tão desiguais

Eu particularmente acho

Que todo mundo pode escrever

Acho que todo mundo é poeta

Todo mundo tem poesia

Dentro de si

Logo, é só escrever

Isso tudo

De um modo geral

Não falo dos Poetas

Dos geniais poetas

Dos fora de série

Ai é outra coisa

Ai é outra discussão.

Eu particular

E modestamente acho

Que todo mundo

Pode ser poeta

Ponto pacifico

Estou apoiado

No dito popular

Que diz:-

“De poeta e de louco,

todo mundo tem um pouco”.

ABittar

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