MANUSCRITA

Manu escreve...

e acaba desnudando,

com o sorriso inacabado,

o leitor que se atreve.

Manu escreve...

em pessoas, seu ofício.

Tinta, sangue, dor e vício.

Faz, dos corpos, seu papel.

Manu escreve...

versos inimagináveis,

impresssos no imaginário

dos que provam da sua arte.

Manu escreve...

em braço, mão, peito e rosto,

em perna, pé, virilha e dorso,

do sonho, faz a imagem.

Manu, escreva!

Emudeça-nos com esse olhar;

disseca-nos ao versejar;

dispa-nos com sua letra!

Manu escreve...

Manu, escreva!