O jovem transeunte que desperta indagações no preso
Errante, jovem transeunte
Passa agora, não pare
A minha expectativa por ver-te só aumenta
E não vejo a hora de por ti, denovo passar
Como faço pra fazer o tempo passar mais rápido?
Quero ignorar todo o tempo inútil
Que em nada me acrescentou
Guardar somente os bons momentos, as boas memórias
Por ser feito de carne
Não tenho durabilidade
Sou frágil
Mas tenho uma incrível força de vontade
Inabalável é minha alma
Intragável é meu senso de humor
Mas algo te atrai até mim
E tu sabes, não cosegue evitar
Eu não reclamo, gosto da tua companhia
Me sinto bem com o silêncio
Envolto no manto negro
Da senhora noite
Sou um mero coadjuvante
Uma peça do tabuleiro esperando pelo movimento do seu mestre
Anseando pela vitória
Temendo a derrota eminente
Porém como toda criança eu moldo o universo à minha vontade
Queiram ou não, eu posso
E tu que não acreditavas em mim
Aprenda a ver este mundo com novos olhos
A realidade muda constantemente
Junto do meu interesse pelas coisas
Instigo a desordem
Sou um filho do caos
Dependo das crenças mortais para ter poder
Assim como todos os imortais existentes
sem os mortais, nada seria
Quem sabe um reles pensamento
E tu que sumistes
Para onde havia ido?
Havia fugido de meus domínios?
Ou será que o prisioneiro na realidade sou eu?