Pare...
Pare!
Pare, pelo menos um pouco de tempo.
O suficiente para olhar para o teu relógio
De pulso. É, este teu marcador de horas
Com pulseira prateada e ponteiros dourados.
Pare!
Pare agora, e pense por dentro de si mesmo
E, de olhos fechados, verás que toda tua corrida
Foi simplesmente em vão.
Perceberás que na verdade tudo que viveste
Foi mentira e que todos os teus sonhos,
Continuaram sendo apenas sonhos.
Pare.
Raciocina com a cabeça e descansa.
Deixa apenas que os neurônios sadios
Que existem no interior da massa cefálica
De tua caixa craniana, deixa que eles trabalhem.
Pare.
Tente ouvir a voz do teu coração que grita,
E que a todo custo, quer dizer-te que o tempo
Continuará passando, mesmo depois que tu já
Estiveres passado, e que os que vierem após de ti
Também continuarão nesta mesma embestada
Correria ao encontro do nada.
Pois, o final foi e sempre será o silêncio,
Ou seja: o sono perpétuo!...