Pare...

Pare!

Pare, pelo menos um pouco de tempo.

O suficiente para olhar para o teu relógio

De pulso. É, este teu marcador de horas

Com pulseira prateada e ponteiros dourados.

Pare!

Pare agora, e pense por dentro de si mesmo

E, de olhos fechados, verás que toda tua corrida

Foi simplesmente em vão.

Perceberás que na verdade tudo que viveste

Foi mentira e que todos os teus sonhos,

Continuaram sendo apenas sonhos.

Pare.

Raciocina com a cabeça e descansa.

Deixa apenas que os neurônios sadios

Que existem no interior da massa cefálica

De tua caixa craniana, deixa que eles trabalhem.

Pare.

Tente ouvir a voz do teu coração que grita,

E que a todo custo, quer dizer-te que o tempo

Continuará passando, mesmo depois que tu já

Estiveres passado, e que os que vierem após de ti

Também continuarão nesta mesma embestada

Correria ao encontro do nada.

Pois, o final foi e sempre será o silêncio,

Ou seja: o sono perpétuo!...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 18/09/2010
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T2505066
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