O Outro

Têm certas coisas que me confundem,

Que me deixa sem saber quem sou.

Às vezes, não sei se eu sou eu,

Ou se eu não sou eu, sou o outro.

O outro que mora dentro de mim.

Pois componho poemas como o outro,

E o outro compõe poemas como eu.

Assim, vivo em constantes confusões,

Tenho dois pensamentos divergentes;

Porém, só existe um corpo, um só coração.

Mas, o que fazer se sou assim e não mudo.

Às vezes, brigo com o outro e ele se cala,

Outras vezes, ele briga comigo e eu fico mudo.

Por isso, eu nunca sei quando eu sou eu,

Ou quando eu estou sendo o outro!...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 18/09/2010
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T2505046
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