O Outro
Têm certas coisas que me confundem,
Que me deixa sem saber quem sou.
Às vezes, não sei se eu sou eu,
Ou se eu não sou eu, sou o outro.
O outro que mora dentro de mim.
Pois componho poemas como o outro,
E o outro compõe poemas como eu.
Assim, vivo em constantes confusões,
Tenho dois pensamentos divergentes;
Porém, só existe um corpo, um só coração.
Mas, o que fazer se sou assim e não mudo.
Às vezes, brigo com o outro e ele se cala,
Outras vezes, ele briga comigo e eu fico mudo.
Por isso, eu nunca sei quando eu sou eu,
Ou quando eu estou sendo o outro!...