CORPO ESTRANHO
Este ser navegando em mim
Inventa de escrever versos
De sofrer
De saudades carpir
É uma estranha
Eu não a conheço
Jamais a vi
Por mais que a expulse
E até insulte
Teima em não sair
***
BELÍSSIMO POEMA DA SERGIPANA, SARA GONÇALVES.
Quão feliz e especial me sinto, querida conterrânea!
Não esqueci, antes de viajar, tomaremos um café poético em um dos shoppings da cidade de Aracaju. Beijos.
Este ser que cria a poesia
Dentro de você em revelia
Que teimo em amar
Essa mulher que introduz
O que a todos expus
Para encontrar
A criatura em candura
Como a cura
De falar
Que mal vejo nela
Se entre as feras
Não posso habitar
Que bem te percebo
Entre os beijos
De adoçar
Que ela sempre te crie
E sem mais tardar recrie
O laço de amar
E que te domes as mãos
Quando quiseres do chão
A ferramenta de versar
Mulher de tantas
Véus e mantas
Para enfeitiçar.