Um dia, uma lua *

Um dia quando esse pranto secar

Poderei olhar pro céu sorrindo

E agradecer a Deus pelo luar

Por enquanto estou dormindo

Pra ninguém me ver chorar

Um dia a lua me trará sentido

O mesmo que traz para os poetas

E esse meu triste olhar perdido

Apontará direto como as setas

Mas hoje eu nem consigo olhar

Não vejo beleza alguma no luar

Durmo um sono suave e profundo

Vivo um abandono grave, intenso

Solitário e agudo é o meu mundo

E não tem lua que possa me acordar

Fecho os olhos, durmo em silêncio

Então, por favor, não me apontem o luar.

* Kelly Vyanna. Membro da ACEIB/DF.

Disponível em: www.aceib-gremioliterario-df.blogspot.com

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