A Mulher e a Caverna
A mulher e a caverna
Marcos Moreno / Ibitinga
Uma jovem senhora caminhava
E nos braços levava um menino
Ninguém sabia onde ela morava
E também qual era o seu destino
Um dia ela encontrou uma caverna
E sua curiosidade não pôde conter
Lamentou por não ter uma lanterna
Se não entraria lá só para ver
Quando ouviu um voz bem doce
Que fez um convite para se aproximar
Sentiu um arrepio e achou que fosse
Alguém escondido querendo brincar
Porém a tal voz insistia em dizer
Aqui dentro tem um " grande " tesouro
Pode entrar, querida, venha conhecer
Tem diamantes e também muito ouro
A jovem senhora não resistiu
E naquela caverna ela foi adentrando
Uma porta imensa para ela se abriu
E a voz, novamente, foi lhe falando
Você tem cinco minutos, então
Pra pegar tudo que puder carregar
Deixou seu filhinho sentado no chão
E com as jóias começou a se deliciar
Novamente a voz veio lhe avisando
Só falta um minuto pra porta se fechar
Ela catava tudo que ia encontrando
Estava alucinada não conseguia parar
Faltando apenas quinze segundos
O último aviso ela então escutou
Apertou o passo e respirou bem fundo
Passou correndo e a porta se fechou
Do lado de fora ela respirou aliviada
Afinal de contas ela tinha conseguido
Porém sobre-salto ficou apavorada
Lá dentro o filho ela tinha esquecido
Conclusão:
A jovem senhora tinha em seus braços
Aquilo que era a sua maior riqueza ( o seu filho )
Porém, a ganância acabou seduzindo
Perdeu o seu filho, tesouro mais lindo
Assim nós agimos, diante da fraqueza.!
A mulher e a caverna
Marcos Moreno / Ibitinga
Obs:
Estória ( sem h ) contada pelo palestrante Engº Augusto Cantusio Neto, da cidade de Campinas / SP., no Centro Espírita Amor e Caridade Francisco de Assis, quando da sua 2ª visita à cidade de Ibitinga e, por mim transformada em versos.