MEIA NOITE

As janelas da cidade se fecham

Sobre os segredos

As portas estão travadas

Há por toda parte

Medo

Acordados estão os galos

E cantam o desespero das madrugadas

As folhas pendem tristemente das árvores

Corre um frêmito em cada cancela

Bois se aquietam

Dormem fantasmas na escuridão

Do mistério

Envolto nas patas de um cavalo solitário

Carregando sobre a cela

O destino das encruzilhadas