A VISITA

A VISITA

A poesia que me foge

já escapou a outros mais:

artífices de perto e longe.

Talvez eu cruze com ela

por onde não se percorre:

no céu de alguma favela.

Lá, por certo, ela visita

a morte, a vida em miséria...

e recolhe, então, aflita,

toda a insônia que há nos becos,

transforma em versos de lágrima,

descarta o poema seco.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 04/09/2010
Código do texto: T2478660