APARÊNCIAS

APARÊNCIAS

Posso não ser o que pareço

e não aparentar o que sou.

Carrego brasas na alma

e se me desnudo em versos

é para restaurar o sopro de cores

que teima em se ocultar pelo caminho.

Cubro as mãos e os pés

na iminência do toque

e, se me escondo sob as asas de um chapéu,

é que minhas tardes nunca aliviam

o fulgor que me afronta os olhos.

Na bagagem secundária,

tudo aquilo que me falta

e, no incerto do caminho, a pausa.

Com que roupa darei meu próximo passo?

Basiina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 04/09/2010
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