capitulo 7,versiculo 89

Acredito em deus toda vez que o vento bate em minha face

Mas somente quando o vento bate na minha face

Não creio em orações e muito menos nas palavras

Já sou suficientemente infeliz prendendo meus sentimento em versos

Não creio em um deus de face e em milagres feitos de vinho

Não me importam, eu ignoro deus

Caminho no mundo e faço questão de não o procurar

Eu ignoro o mundo e entrego o meu corpo aos espinhos

Mas danço em todos os dedilhados de minha alma

Me masturbo em todos os sonhos que me pulsam

E me permito sentir todas as possibilidades de ares que em mim encostam

Então se existe algo vivo no mundo

E algum deus leve e imaterial em cada pedaço de vitalidade

Que ele então me encontre numa dessas curvas e me toque como o vento

Até que eu também me torne leve e imaterial

E assim será,porque eu me recuso a me agasalhar