*FALANDO COM OS DEDOS

Os dedos dedilhavam no teclado
Letras não obedeciam ao comando
Dançavam ao desejo, ao coração
E foram aglutinando um refrão

Salve, oh verbos, em decadência
Amai, sorri, cantai peço clemência

Fugiram adjetivos do salão
Partiram artigos lá do refrão
Sumiram as vírgulas no espaço
Veio o substantivo entrou no laço

As letras ficaram desnorteadas
Subiam desciam pelas calçadas
Do teclado, sem saber aonde ir
Recorreu do amor, veio a seguir

Salve, oh verbos, em decadência
Amai, sorri, cantai peço clemência

O sorriso escancarou sua emoção
Seguido do amor, noivo ao refrão
Cantaram em cada letra a saudade
Então nasceram, dedilhar e liberdade
                                  sonianogueira


Mote da poesia "On-line"
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 30/08/2010
Código do texto: T2468575
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