Anseio pelo nada

No verão eu vou atrás da neve

Quando acordo de manhã

Não sei por quê

Prefiro as loucuras de uma vida sã

Mesmo na luz do dia

Peço que a noite me carregue

Com seus braços fortes e delicados

De existência breve

Para um lugar digno da memória

Sem que necessite lembranças

Contos e nem história.

Nem fatos

atos

Nem retratos

ou Pathos

Que tudo apenas sejam – Atos supremos...

Divinos...

Sem Potência nenhuma