Manhã

Nesta fria manhã de segunda

lembrei das tantas outras manhãs que vivi

o dia já não desponta, nem desaponta

choro, mas o riso insiste em surgir

As nuvens tão cinzas do meu sorriso

de gotas pesadas de um tal pesar

o frio, o choro, o riso

me fazem, me fazem sonhar.

Parnasiano, um vaso em mil cores

tu apareces em meio á vastidão

incógnita, complexa, mil faces

são pedras, são farpas no chão.

Teus olhos, castanhos, amêndoas

me levam, confundem num só olhar

teu doce em minh'antiexistência

quebrantam meu leve pesar.

Nai Souza
Enviado por Nai Souza em 27/08/2010
Código do texto: T2462106
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