A UM TRIZ DE TUDO

Agosto é quase primavera

Últimos frios, primeiros partos de flores

O gosto é querer a quimera

Único princípio, múltiplos raptos de cores

Madrugada é quase dia

Sombra se esconde, claridade se revela

Misturadas em pura harmonia

Sobra, não sei onde, castidade mais bela

Sábado é quase domingo

Termina a semana, começa tudo de novo

Ávido pelo descanso, passar dormindo

Ter a mina que emana, sem pressa, outro renovo

Tudo é quase nada

Visão otimista, interpretação pessimista

Meio cheio, talvez, deixa uma parte vaga

Lição de artista é ter inspiração idealista

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 27/08/2010
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