BALADA DA LUA CHEIA

Quero cantar uma canção bonita

Agora, milimétrica e ritmada

Uma balada

No topo d’algumas montanhas

Reluzir minha estrela

Polir o meu cinto

Calçar minhas botas

Cantar o meu canto

Até sangrar minhas veias

Pontear minha viola

Com gana sobre-humana

Fazer num claro lampejo

Surgir a luz por cima da lama

Cicatrizar a ferida

Do corpo e também da alma

Neutralizar o efeito

Da dor que rouba-me a calma

Fazer um verso suave

Claro e clarividente

Como fosse uma enchente

Num solo seco sertão

Fazer o sol despontar

Na noite de lua cheia

E transmitir em cadeia

Uma alegre e louca canção

Desencantar minha pena

Desengavetar meu verso

Como a fênix de fogo

Surgir no seu universo

Zanoni Yberville
Enviado por Zanoni Yberville em 26/08/2010
Reeditado em 26/06/2013
Código do texto: T2460989
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