Modernidade da eternidade
A vida brota do impossível
E na palavra constrói sua casa
Desmatando a natureza do silêncio
Nos verbos colocam o cimento de suas asas
Ferindo a paisagem
Como um ângulo reto
Corta o céu
Violentam
E sangram a imagem
Com obelisco
Da torre de babel
Arranha - o - céu.
Máquinas da complexidade
Roubam do silêncio
O sigilo da verdade.
O apêndice
Que incorpora
O reflexo do dono
Que se imortaliza
Como na prosopopéia
Que o inanimado ganha vida
Prédios
Cidades
Verdades
Gramática
Máquina
Pragmáticas
E pus
E Cada vez mais a poesia perde a graça
E a velocidade nos seduz
A modernidade determina nossa raça
Deixando a imortalidade
Estéril
Da luz