A vida é fatalista
Todo sofrer é uma dilatação
De nossa alma querendo crescer
Todo medo é na sua profundeza
Um clamor por nossa inteireza
Mas, por andarmos com sapatos pequenos
Esquecemos... A maravilha que nos está
Sempre à mostra... A grandiosidade de nossas
Vísceras quando exposta
Exposta de forma fatalista;
Como uma ferida que se esconde de um analista
Que aparentemente se cala
Mas com passar do tempo, não agüenta e fala
Escrita no corpo, no peito, no rosto
Contra nosso gosto, a alma cresce
E recusa não viver sua poesia
De transformar em ode
Toda nossa elegia...