Espíritos livres

Observo absorto

Um pássaro quase morto

Que sem asas e enjaulado

Voa ao seu destino amado

No escopo do osso

Do espírito a poesia

Faz nascer no seu dorso

Asas na aporia

Como putas bêbadas

Que observam ermas

O conhecimento dos livros

Com gritos e risos

O emético gozo do gosto do novo

Dos que buscam asas e jamais amarras...

Carneiro de Lima
Enviado por Carneiro de Lima em 21/08/2010
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