AVENIDA

Pisando firme

Equilíbrio de estátua

Estive apática

Agora quero uma poesia inexata

Um poema sem forma

Um verso que não se conforma

Um grito absurdo

Uma bandeira que se desfralda

Passos de léguas

Quero distância do sentimento

Quero da poesia o fingimento

E perdida nos becos de minha mente

Improvisada poesia

De mulambos vívidos

Insípida poesia

Quero a rua

A avenida louca de falta de sentido

Quero o meu perdido vestido