Agora...

Agora

Que volto à vida

Depois das distâncias

Depois dos Kilometros

Nem sei mais quantos

Foram rodados

Volto cansado

E faminto

De civilidade.

Saudade

De um cinema à tarde

De um bom café

Com pão de queijo

De trocar olhares

De ficar de mãos dadas

De passear pelas feiras

De comer pastel

E depois um caldo de cana

Coisas tão simples

E tão essenciais

Para a minha sobrevivência

Sou simples com um gosto simples

Com a simplicidade inocente

De gente do interior

Que à tarde depois

Do trabalho se reúnem

Num bar para beber

Cerveja gelada

Contar “causo” e

Ouvir piada já contada

E mesmo assim dá risada

Pois ainda a acha engraçada

Agora vejo com clareza

Como é bom voltar

Voltar parta casa

Ter uma casa

Para onde voltar

Onde somos requisitados

Onde nos esperam para jantar

Como é bom voltar

E é pelo sabor da volta

Que vivo partindo

ABittar

poetadosgrilos