A Garcia Lorca
 
Às cinco da tarde
as meninas passeiam
com seus vestidos de festa
alegres com a sua inocência
 
Às cinco da tarde
as papoilas vibram
com o vento
no deslize sereno
 
Às cinco da tarde
tangem violinos
na perenidade
do amor perdido
 
Às cinco da tarde
os sinos da aldeia
tocam a rebate
na travessura incompleta
 
Mas ás cinco da tarde
meu coração
balbucia e pensa
numa alma congénere
 
Mas às cinco em ponto
no alvoroço da tourada
na algazarra dos aplausos
um corpo cai e uma mãe chora.
 

 
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 13/08/2010
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