PIVETE

Ele que era ainda criança

sem nenhuma maldade

foi perder a confiança

e a sua própria vontade.

E o mal que o acompanha

e o bem que o abandona

era a sedução tamanha

a maldade se faz sua dona.

A mente doentia e viciada

o hábito que pode ser mudado

no antro que a criança foi criada

num meio mais conturbado.

Um maço de cigarros

era o seu maior esporte

disparam os alarmes dos carros

e ele entregue a sua própria sorte.

No mundo surge o pivete

moleque sujo, sem respeito,

violento, de grande topete,

sofre de todos o preconceito.

Quem o criou? Quem o fêz?

O cão é reflexo do seu dono!

A criança que não teve vez

que nunca teve uma noite de sono.

Corre, criança! Foge menino!

Ninguém quer saber

qual será o seu destino

se vai viver ou morrer!

Menino, como vão as ruas?

Como está aquele viaduto?

São as noites sem luas!

Quem curtirá o seu luto?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 10/08/2010
Código do texto: T2430600
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