PIVETE
Ele que era ainda criança
sem nenhuma maldade
foi perder a confiança
e a sua própria vontade.
E o mal que o acompanha
e o bem que o abandona
era a sedução tamanha
a maldade se faz sua dona.
A mente doentia e viciada
o hábito que pode ser mudado
no antro que a criança foi criada
num meio mais conturbado.
Um maço de cigarros
era o seu maior esporte
disparam os alarmes dos carros
e ele entregue a sua própria sorte.
No mundo surge o pivete
moleque sujo, sem respeito,
violento, de grande topete,
sofre de todos o preconceito.
Quem o criou? Quem o fêz?
O cão é reflexo do seu dono!
A criança que não teve vez
que nunca teve uma noite de sono.
Corre, criança! Foge menino!
Ninguém quer saber
qual será o seu destino
se vai viver ou morrer!
Menino, como vão as ruas?
Como está aquele viaduto?
São as noites sem luas!
Quem curtirá o seu luto?
(YEHORAM)