Visitante inesperada...

Ela muitas vezes se anuncia...

Dá-nos tempo pras despedidas...

Oportuniza-nos os abraços alongados...

As lágrimas sentidas, beijos e afagos...

E nossas dores amenizadas...

Destrói ressentimentos...

Proporciona o perdão que vem do fundo d’alma...

Na hora derradeira da sublime despedida!

Mas às vezes ela chega sorrateira...

Sem aviso ou prenuncio...

Surpreende os que vão e os que ficam...

Não existe adeus, nem tchau, nem abraço apertado...

Só um simples afago no corpo inerte...

Daquele que já partiu!

No passado era representada pela foice e a caveira...

Hoje muitos a representam como bela jovem...

Que vem nos agraciar com o retorno a casa do Pai...

Mas no ontem como no hoje...

Não há quem não sinta dolorosamente a ausência...

De quem se ama!