A FLOR SOMBRIA

Eu as vezes me perco nos teus ímpetos

nos teus amargos dessabores

na tua vã unicidade do teu querer

enfim me perco nos teus amores.

A flor sombria que assombra

o jardim de estátuas e solidão

a mão que leva o cálice ao teu peito

o beijo que falta da emoção.

A grande falta de solenidade

um amor sem o mínimo de idolatria,

que eu chamaria cumplicidade

e a cerimônia da tua companhia.

Sem um sorriso que brilha de fato

ou que irá ficar acabrunhada

uma resposta ríspida, sem tato,

num expressão sem significado.

Esta flor, que daqui a leve o vento!

Que prive de florescer no meu peito

que a delete do meu pensamento

se, todavia, não houver outro jeito!

Se me tratas mau, com desdém,

se fere a minha dignidade

não sinto que sou mais o teu bem

nem há mais amor de verdade!

Sempre me curvei diante de ti

a tua vontade mais banal

pois o melhor é te ver sorrir

a tua alegria, para mim, era vital.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/08/2010
Código do texto: T2427939
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