CARMA

Não tento controlar o mar,

nem o que desprende dele ,todo o dia

nem tampouco, colorir as ondas,

ou desviá-las de suas rebeldias,

Não tento repintar por de sóis

de acordo com minha fantasia,

desviar seus raios, desbotar arco ires,

colocá-lo no prumo, dar-lhe, rumo.

Jamais tentei desviar alguem,

do seu bem, ou seu mal,

do seu itinerário e dia a dia,

Desejar algoz desnudando alma,

presa em suas próprias algemas,

Por mim, qualquer ser,

que viva melhor ou pior,

na tristeza ou na alegria,

ou conforme sua histeria

pouco tenho a ver,

Jamais julguei ou absolvi, condenei,

sempre fui assim e assim serei,

Porquê dissecarem alma,

cobrarem regras, ritos, punição

por meus temores .

Tempo de parar,

cegar olhos, calar bocas.

Morri a tanto tempo,

desperdicio,

flechas constantemente

em minha direção.

Não condeno,

mas

não me roguem perdão.-

Marilene Garcia em NUA & CRUA

BLOG: www.marilenegarciaxirua.blogspot.com

xirua
Enviado por xirua em 02/08/2010
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T2413298
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