A noite é fria...
A noite é fria
E eu parado
Espero sentado
Num bar
O transito melhorar
Tomo um Campari
Para relaxar
Aproveito
Enquanto espero
Para escrever
Este poema
Num guardanapo
De papel do bar
Sentado junto
Ao balcão
Nas mesas da calçada
O barulho é intenso
Não dá para escrever
A Avenida Paulista
Esta lotada, ônibus,
Carros e motos
São os donos
Do asfalto
Nas calçadas
Gente bonita
Bem vestida
Voltando para casa
Após um dia de trabalho
Pelo menos, a maioria é assim,
Mas ainda tem gente,
Que ainda vai trabalhar
Tem até gente que sai de um emprego
E vai trabalhar em outro lugar
Louca cidade de loucas pessoas
Alucinados por trabalho
E por velocidade
Todo mundo ou quase
Todo mundo nessa cidade
Esta sempre com pressa
Pressa de chegar em algum lugar,
Pressa de pegar, o ônibus, o metrô.
O carro, o táxi, a moto um transporte.
Pressa de chegar no trabalho
De chegar de pressa em casa
E comer com pressa
Tomar banho de pressa
Dormir, acordar, tomar café.
E voltar a trabalhar
Mas, ainda tem.
Também uma minoria
Que gosta da noite
Dos bares, restaurantes,
Teatros, cinemas,
Lazer em geral
São Paulo tem de tudo
De todos os lugares
São Paulo de contrastes
Tão violentos como chocantes
O yn e o yang
A sombra e a luz
O bem e o mal
O céu e a terra
A água e o fogo
E a Avenida Paulista
É o reflexo da cidade.
Enquanto podia
Eu escrevia
Mas, agora.
Sou obrigado a parar
Chegaram alguns companheiros
De trabalho
Começamos a falar
De futebol, comida.
Bebida e mulher enquanto
Esperamos o transito melhorar
Mas, da Paulista ainda volto a falar.
Da avenida é claro
E da mulher também
Porquê não?
ABittar
poetadosgrilos