UM POVO AZUL
UM POVO AZUL
NSO – Poeta Itinerante
Em poesia muito viajei
Pelo etéreo a descobrir.
No infinito apreciei
Um verdadeiro colorir.
Agora mudei de rumo
Num deserto a viajar.
Lá cheguei ao resumo
De um povo a observar.
Eram uns povos nômades
De turegs eram chamados.
Vivem a vagar no deserto
E nunca ficam parados.
Logo passei a observar
Era um povo sem ganância.
Quando estava a andar
No mesmo não vi arrogância.
Povo sem país e documento
Que vaga pelo deserto.
Pastoreando todo momento
Sem nunca ter rumo certo.
Um oásis a procurar
A pastorear o rebanho.
E água para tomar
Logo que mundo estranho.
À noite o fogo acalenta
Do rebanho tira a comida.
Logo o chá que alimenta
No decorrer daquela vida.
O turbante é seu amigo
Sempre da cor do céu.
Defende o do perigo
Da tempestade ao léu.
Daquele belo turbante
Algodão de cor lilás.
Desprende cor instigante
E torna em povo azul.
São José/SC, 1 de agosto de 2010.
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