DESNORTEADA-Neila Costa

Neila Costa

Ando meio desnorteada

Sozinha nesta solidão,

Já não espero mais nada

Depois de tanta ilusão

Os pés já não sentem a

Estrada.

Ando meio desnorteada

Por sentir toda esta ausência

Que perturba os meus atos

E os deixam sem coerência

Ando meio desnorteada

Numa alquimia sem razão

Com a alma atormentada

E o amor sem nutrição

Ando meio desnorteada

Vejo dias passarem em branco

A vida se resume em nada

E na desilusão me tranco

Ando meio desnorteada

Você não ver a insensatez

Para falar com precisão

Vivo os dias em comoção

Quando você quiser me ver

Não lhe dou mais explicação

Use de suas fartas observações

Você vai melhor entender

Eu te conto as modificações

Que você precisa saber.

Talvez você com essa ação

Possa me ter em teus braços

Possa me ter em tua boca

E fazer da imaginação

O melhor dos nossos atos.

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 14/09/2006
Reeditado em 03/11/2009
Código do texto: T240372
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