Nas paredes do passado
És a loucura, cinza âmbar,
Das injúrias e aleivosias,
Com fagulhas de um olhar
A sufocar alegrias.
Eras a deusa do meu olhar,
Em tudo que eu olhava te via,
Um choque de contravia,
Segou-me o direito de t’amar.
No interregno dos momentos,
No tumulto das mixórdias,
Foram tantas as discórdias
Não obstantes os sentimentos.
Hoje remôo... tudo acabado!
Com o olhar da frustração,
Choca-se meu coração
Nas paredes do passado.
Mas vou continuar assim,
A viver nessa ilusão,
A enganar o meu coração.
Creio que é melhor pra mim.
São esses meus pensamentos
Assim, triste, com de emoção,
Porque sofre o meu coração,
No eco dos meus lamentos...
Tarcísio Ribeiro Costa