Olhando teus olhos
Compus olhando teus olhos... Meigos, profundos e devoradores, açores que não me deixam ir ao mar navegar nesses olhos furores.
Compus olhando tua boca, com as mãos suadas, embebendo a pena, melena relaxada e olhos cansados, de tanto, ao longe, namorar teu tema.
Silhueta que me grita alto e nem sabe que chama meu nome... carcome meu equilíbrio, selvageria que não se dome
Tua tez aveluda meus pensamentos, em momentos de embriaguez... não de vinho, mas de travessuras da maldade desse maldes
Meus olhos marejam, menina, em te ver sem te ver de fato. E quando, de fato, vejo, estremeço a alma com corpo recato.
Segredo que não se sabe, só sabe esse escritor, compositor de segredo casto que descreve o íntimo amargo dulçor.