NEM SEI
Bebo na taça da vida
E à morte faço mal
Bebo ao ser
E flutuo a mais nem poder
Balanço as nuvens
E nas estrelas me deito
Passeio no infinito
Faço tudo do meu jeito
Abraço a madrugada
Vivo irresponsavelmente
Corro o risco
Tiro primeiro
Do meu olho o cisco
Varro a minha calçada
A do vizinho nem vejo
Levo topada
Fico arranhada
Lambo os ferimentos
E converso com os ventos
Eu bebo na taça da vida
E quando a morte vier
Eu digo tanta poesia
E a embebedarei
E onde ela cair
Ali mesmo a deixarei
E quando ela estiver de ressaca
Então
Nem sei