Espiando
Ah! Olhos! Quão pecaminosos!
São marotos, teimosos
Olham sorrateiros de canto
A desejar...
Olhos pra que te quero
Senão pra imaginar?
Percorro as linhas daquele corpo
Que minhas mãos não podem tocar
Olhos maliciosos
Por que me fazem desejar?
Se lancem dengosos
Mas sem muito se mostrar
Sejam inteligentes e mal criados
Façam-se desejar também
Se aqueles olhos corresponderem...
Ah! Vitória! Não vai ter pra ninguém!