Pequeno Mundo
O mundo é uma criança
e a minha atitude ingênua.
O que vejo são meras lembranças
de sua rica têmpora.
O Brasil parou no tempo.
A burguesia não fede,
mas o seu cheiro se alastra
com os eflúvios no vento.
Vivemos a decadência dos amores.
Ninguém mais tem um simples relacionamento.
As vedetes da hora se escondem
nas ruas de cada esquina.
Termos esdrúxulos como “peguetes”,
Ao meu ouvido, adentram.
Sou chamado de tradicional
na minha humilde existência.
Mas esquecem que sou banal
por não aceitar a repetição desse mundo de aparências.