escultura/Brancusi
(pássaro)
(Líricas de um Evangelho Insano)
(releitura)
Pode haver um sentido
único debaixo dos pés!
Mão única? Única via, diga-me!
Contemplo teu rosto único
de totem e tuas múltiplas sombras
desenham-me esse azul único.
Nos olhos do espelho
os reflexos da cidade camuflada
fervilham abaixo da linha do trem,
no delta da íris,muitas rodas de gigantes
falsos de íxion,
rodas do tempo d'água, nada sabem
deste beiral incandescente.
Esse pássaro me acorda
o dia nessa roda gigante,
com suas línguas de manhãs,
em fogo e hortelã.
A cidade eclode seus mortos,
há uma cidade viva abaixo
da linha do trem,
uma cidade de poros acesos,
de membranas diáfanas,
de fósseis regenerados,
abaixo do azul dessas manchas solares,
há escombros dessa cidade
pulverizada no homem traído.
O homem que chora diante
do monumento.
Mondrian decompõe
a geometria da árvore,
entre verticais e horizontais,
explodem as tangências
do arco-íris,
o ponto da abóboda da
catedral falsa, de cristal!
Essa cidade tem rosto
de tigre, mas não lhe conhece o passo
gosto de sal ocidental,
esses monumentos projetam
pesadas sombras,
os moluscos reprocriam
sob a pedra,
que pesa meu olhar
diante de Maat
e, não consigo carregar
o pássaro.
Maiastra, de Brancusi,
canta em mim esse azul,
rasgou-se a tela de ozônio,
há muitas vias numa única via,
alfinetes de areia espalham-se
diante dos monumentos...
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/via-unica
(pássaro)
VIA ÚNICA
(Líricas de um Evangelho Insano)
(releitura)
Pode haver um sentido
único debaixo dos pés!
Mão única? Única via, diga-me!
Contemplo teu rosto único
de totem e tuas múltiplas sombras
desenham-me esse azul único.
Nos olhos do espelho
os reflexos da cidade camuflada
fervilham abaixo da linha do trem,
no delta da íris,muitas rodas de gigantes
falsos de íxion,
rodas do tempo d'água, nada sabem
deste beiral incandescente.
Esse pássaro me acorda
o dia nessa roda gigante,
com suas línguas de manhãs,
em fogo e hortelã.
A cidade eclode seus mortos,
há uma cidade viva abaixo
da linha do trem,
uma cidade de poros acesos,
de membranas diáfanas,
de fósseis regenerados,
abaixo do azul dessas manchas solares,
há escombros dessa cidade
pulverizada no homem traído.
O homem que chora diante
do monumento.
Mondrian decompõe
a geometria da árvore,
entre verticais e horizontais,
explodem as tangências
do arco-íris,
o ponto da abóboda da
catedral falsa, de cristal!
Essa cidade tem rosto
de tigre, mas não lhe conhece o passo
gosto de sal ocidental,
esses monumentos projetam
pesadas sombras,
os moluscos reprocriam
sob a pedra,
que pesa meu olhar
diante de Maat
e, não consigo carregar
o pássaro.
Maiastra, de Brancusi,
canta em mim esse azul,
rasgou-se a tela de ozônio,
há muitas vias numa única via,
alfinetes de areia espalham-se
diante dos monumentos...
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/via-unica