MISTÉRIOS
Como tudo isto aconteceu
Longe dos meus domínios
Preciso resolver em mim esta equação
Este ruído n’alma intermitente
Este ruído chuva
Algo assim dormente
Tal a submissão
O não-sei-quê
O que é tal coisa além da imaginação
Da própria Psiqué
Em que ponto do Universo
Deixou Deus tal acontecer
De que tamanho sou que não me percebo
Que coisa sou que não concebo
O que em mim está que não domino
E este mar a me sufocar
E este tamanho de angústia a me vigiar
E esta impotência ao meu redor
Que caminhos sigo tateando
Nessa escuridão
De fazer dó
***
DEDICO, TOTALMENTE SURPREENDIDA E PROFUNDAMENTE EMOCIONADA, ESTE POEMA, A ALGUÉM CUJA INSPIRAÇÃO PARA 10 DOS SEUS POEMAS, NASCEU DE MEUS VERSOS E NÃO DESEJA E NEM ME PERMITE DECLINAR SEU NOME. SE UM DIA, ESTA PESSOA O PERMITIR, EU REVELAREI SEU NOME E OS MAGNÍFICOS 10 POEMAS.
COLOCO AQUI A MINHA EMOÇÃO E AGRADECIMENTO. PENSEI EM CLARICE LISPECTOR QUE, CERTA VEZ, DISSE TEMER ESCREVER, POIS ESCREVER CORRESPONDE A “MEXER COM O QUE ESTÁ QUIETO”.
Tânia
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Continências literárias, Sargento Jorge Luiz. Obrigada pela interação que alumia (apreciou o alumia?) esta página:
"O fim da angústia,
do sufoco e do mistério,
virá quando encontrar em anexo
aos seus mais instigantes cadinhos,
este tão diminutivo
gigantesco substantivo:
VIDA.
O fim do mistério?
O fim do suplício?
Agrida o Destino
e viva sempre
atrevida..."