Homenagem ao 7 de setembro
deitado em berço esplêndido
arroto o meu hino
desconjuntado
exalo
o cheiro de alcool
e limpo a bunda
com minha bandeira.
o batalhão de soldados
enfileirados
esperam o meu comando;
trovejo à corneta
um grande peido
prontamente obedecido,
pelos mosquitos
que me cobrem de beijos.
a bandeira toda suja
trêmula no alto
Gritos uivos brados,
de baixo
a caravana se esperneia,
embriagada pelo civismo
do meu escarro.
quando digo que não havera salário
pelo dia,
"nem pão, nem bolsa-família?"
me cortam ao meio,sedentos por carne
e voltam as suas casas,
orgulhosas de si mesmas.