Meus versos
Queria que meus versos
Tocassem-te suavemente
Que pudesse falar somente das flores
E feito arco-íris te colorir
Mas nem sei se o que escrevo é poesia
Perdoe-me se minha rima
causa-te náusea,te arrepia
Perdoe-me
Por esta minha teimosia
Em falar do sal que escorre na face,
Dos esquecidos, no seu dia-dia
Grito mesmo que ninguém me escute
Pra que se lembrem das carniças
Aponto os abutres
Talvez achem meus versos inúteis
Meus temas lhes pareçam tão fúteis
Mas se não for pra falar de minha gente
Não quero ser poeta
Quero escrever livremente
Os que os meus olhos vêem
E o meu coração sente.
Mesmo que no anonimato eu morra
E morra comigo meus versos á toa