Imperativo
Dispa-me com seus olhos castanho de outono
desnude as minhas palavras que aqui escrevo
me esqueça
a vida é feita dos minutos que perdemos
me ame
pois de nada me serve que me dispa com as mãos
é vulgar, é banal
de nada me serve que ame minha poesia
não, não a entenda
eu quero as pedras sobre a superficie de minha face
desarme-me
da ponta dos dedos ao cabelo bagunçado
a desordem e o caos
partindo de palavras sem significado algum
dispa-me,devore-me
retire a coloração da minha aura
eu não me importo de não me importar