Vem...

Vem bem devagar

Os meus olhos encontrar

No gosto dos lábios sedentos.

Em mãos que se entrelaçam

Nos dedos do tempo.

O etéreo enlace do desejo

Oculto no íntimo segredo

Do corpo em deleite.

Vem me buscar

Nos serenos passos da noite.

Nas sagradas asas da lua.

E, faça da minha alma nua

O porto seguro do teu secreto prazer.

Minhas pernas vão te enlaçar na névoa

Da minha nudez sem véu.

Fazendo pequeno o céu

Da boca em delírios a beijar.

Vem navegar nesse mar de aventuras

Que nos leva as alturas.

Para que possamos voltar renovados

A esse mundo de loucuras.