Sem máscaras...

O público pede bis,

e eu não posso mais

rir,brincar,gargalhar.

Nem o eterno sorriso na face pintado,

nem as lágrimas retidas,

ora secas feito purpurina escura e negra

pelo rosto escorrem...

Não.

Assustadas elas fogem...

O público pede bis,

e eu não posso mais.

De mim me perdi

em máscaras iguais...

Minha alma sangra

o sangue dos mortais,

mas logo vira coágulo,

porque não posso mais...

Rir,brincar,gargalhar,chorar,sangrar.

Agora só posso ficar olhando o infinito azul

por onde minha alma plana

sem máscaras mais...

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 23/06/2010
Reeditado em 21/06/2018
Código do texto: T2337106
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