Sem máscaras...
O público pede bis,
e eu não posso mais
rir,brincar,gargalhar.
Nem o eterno sorriso na face pintado,
nem as lágrimas retidas,
ora secas feito purpurina escura e negra
pelo rosto escorrem...
Não.
Assustadas elas fogem...
O público pede bis,
e eu não posso mais.
De mim me perdi
em máscaras iguais...
Minha alma sangra
o sangue dos mortais,
mas logo vira coágulo,
porque não posso mais...
Rir,brincar,gargalhar,chorar,sangrar.
Agora só posso ficar olhando o infinito azul
por onde minha alma plana
sem máscaras mais...