SÓ E INDEFESA...

Inocente e atónita,

assusto-me com a incógnita

do amanhã e do momento

seguinte...

Aflora-me um sentimento

conseguinte!

Do que consideramos real,

a irrealidade

é talvez a verdade

e mesmo essa, às vezes, irreal...

Magnitude,

plenitude,

emoção,

comoção,

ódio ou Amor,

ciúme ou fervor,

sensações

ou paixões,

são estados de espírito apenas,

que podem reduzir-nos as penas

se nos elevarem à consciência ideal!

Atónita e inocente,

nada em mim pressente

do desconhecido amanhã,

a surpresa...

Sempre acordo, cada manhã,

só e indefesa!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 04/09/2006
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