MEUS FRAGMENTOS...

Tenho em mim um poema solto,

que se agregassem as palavras

daria uma poesia alforriada

de leis e conceitos retos.

Sei que meus poemas não causam tempestades.

Sei do sabor insosso, o vazio que trás nas mãos;

Mas, se souberem, por entre as teias distendidas

poderão sorver partículas tímidas de um encanto.

Os vocábulos me ensinaram a voar.

Desço surfando na seiva das veias...

Quem sabe à mão pintar palavras,

faz sua própria e singular aquarela.

Voa livre nas asas dos passarinhos!

Descanse nos braços da noite

e ouça o som do açoite

da chuva na serra...

É lá que o raio e o trovão

clareiam o céu e o chão,

brincando de guerra...

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 19/06/2010
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